sexta-feira, 15 de maio de 2015

Praia - Assomada - Tarrafal - Assomada - Praia


Para o tempo que passa,

Em 2009 sentei-me pela primeira vez num avião para Cabo Verde e ao chegar segui de carro para a Assomada. Num dos fins-de-semana que lá fiquei fui ao Tarrafal, mas faltou-me ver a prisão, que queria ver desta vez, para satisfazer a minha curiosidade histórica.












A saímos de manhã, não muito cedo, e fomos seguindo as curvas até Assomada, para cumprimentar família e amigos. Depois de um café e do avistamento do maior poilão seguimos até ao Tarrafal.

À chegada um bando de miúdos rodeou o carro pedindo canetas, água, sumo ou o que se lembrava. Comprámos o bilhete e passámos os portões que em tempos foram transpostos por presos políticos de Portugal, Angola, Cabo Verde e Guiné-Bissau. De cela em cela fomos lendo e revivendo a história das gentes que por aqui passaram.










Subimos as escadas e vimos as montanhas que prendem este lugar.
Voltámos a passar o portão e a enfrentar as crianças.


Seguimos na direção do mar e encontrámos uma igreja de outros tempos meia derrubada porque alguém se lembrou que para aumentar é melhor deitar abaixo!


O mar era mais em baixo... a areia escaldava os pés descalços... e o corpo sentia o sol a morenar... era impossível resistir não ir à água, mesmo sem os trajes convencionais de banho. Como aqui a convenção banhística não é muito exigente, o corpo pode encher-se de sal com qualquer traje e se "em Roma sê romano", em África sê africano... e a água estava ótima... e a roupa molhada foi seca pelo sol...


O corpo arrefecido pedia alimento, pedia para sentar-se de frente para o mar onde se havia banhado... mas o tempo passava e a comida não chegava... e a cachupa que não saía da panela... levantámo-nos e fomos com a nossa garrafa de água. Acabámos na casa da família a almoçar o lanche.
De volta à Praia foi hora de mais um abraço terno e apertado, ao cair da noite.

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