terça-feira, 18 de julho de 2017

Voltar ao sul

às gentes do Sul,

Voltar ao sul é descer África, coleccionar horas de avião em avião depois de ouvir mil histórias sobre o perigo de Joanesburgo.
É procurar um rosto que nos espere de placa na mão. Um rosto pousado no chão com uma placa distraída.


É voltar a encontrar gente de cada continente e recordar que em África também faz frio. Também há folhas secas pelo chão, que estalam como no meu Outono. É imaginar quem terá vivido naquele lugar que agora se chama hotel e se enche de sorrisos.

Para lá dele um mundo de avisos, de cuidados... e de histórias menos boas que acontecem a gente com rosto.
Há outros rostos marcados pela história em museus, nos mercados e nas ruas. Rostos que se iluminam no frio da noite.





sábado, 1 de julho de 2017

Paris, com amor

aos meus amores,

 



Dizem que é a cidade do amor, lugar de lua-de-mel, de namoros intensos, de celebrações no topo da Torre Eiffel, é Paris no brindar de cada um.
Eu fui lá pela romântica razão da formação, pela oportunidade de poder saber mais e ainda poder desfrutar da cidade.

 

Estava frio e chuva à chegada. Havia rosas no jardins e um livro que "indicava caminhos" na gaveta da secretária.

A barriga rodava de fome e os pés de curiosidade em busca de la cuisine française....acabaram juntos num restaurante japonês. O que haveriam de repetir, em alternância com os restaurantes italianos, para dali a dias descobrirem um de comida tradicional.



 
Da janela viam a chuva que caía. Percorriam ruas de guarda-chuva aberto, fechavam-no para entrar no metro. Deixaram-se cobrir de sol, despiram os casacos e sentaram-se nos cafés do Trocadero e tomar chá e comer croissant.
 

 





Subiram à Torre Eiffel e estenderam o olhar para longe. Trocaram olhares na Place de la Concorde, correram pelos Champs-Élysée.




 


 
Perdidos no tempo encontraram-se no metro e depois de muitas escadas lá estava a Catedral de Notre-Dame. Perderam-se entre turistas, rezaram para se reencontrar. Abraçaram-se num jardim em busca de direcções.

 






De mãos dadas atravessaram pontes  sobre Sena, trocaram sorrisos por crepes e moedas por arte de rua. Não se prenderam aos cadeados das pontes porque já estavam presos pelo coração.




 Estenderam-se nos jardins do Louvre e dividiram castanhas.

O sol punha-se atrás da roda gigante. Os pés pediam-lhe descanso.

Em acordo triplo procuraram um lugar para jantar... Dormiram depois de um banho quente.

 Era manhã, a família esperava na outra ponta da cidade.
Não se querendo perder no metro descobriram que há portugueses aqui e ali.

Entre voltas e voltas, dias perdidos entre ruas e cheios de saber deixaram-se levar pelo desafio final.

Entrar no metro, sair do metro, subir escadas e mais escadas, ver gente de todo o mundo. Subir descer, conversar, olhar para o lado, procurar no mapa. Deixar-se levar e: Sacre-Coeur lá no alto no meio de tanta gente.



O coração encheu-se de paz, imaginou histórias de há muitos anos, pensou em promessas entre cada pormenor arquitectónico. Fechou os olhos e viu-se por dentro. Fez pedidos e promessas. Voltou a abrir o olhar e correu atrás de um grupo de teatro, desceu escadas e deixou-se guiar até ao "café da Amélie".
Desceu mais um pouco até Moulin Rouge e subiu em busca de petiscos. Queijo sobre a mesa e mais um abraço que chega com um desafio de cozinha de outro lado do mundo: desafio aceite num brinde ao amor.



(P.S. pelo meio houve trabalho, muito trabalho na formação)