quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

pássaros

à gente que voa,






Faz frio lá fora. Cá dentro uma chávena de chá aquece os dedos que batem no computador.
O olhar atento distrai-se, desvia-se para as bicadas na janela, de salto em salto no parapeito.
Diz quem sabe que se aproxima a Primavera de cá. Uma Primavera que não se enche de flores, uma estação escondida entre o frio e a areia.
 






 
Voam estes, voltam outros.
Bicadas e mais bicadas no seu reflexo, na minha janela.
Trazem palhas no bico, cordéis nas patas. Vêm sozinhos, vêm em pequenos bandos: um bica, outro chilrea e outro olha em volta.
São pássaros, são os pássaros que voam  de
longe para longe.