quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Para lá da névoa

Aos que arriscam,


Há um barco parado na praia e lá longe a névoa que fecha o horizonte.
Há homens, mulheres e crianças que embarcam, que arriscam e se perdem na névoa. Há os que chegam, os que voltam e os que se perdem para sempre. Alguns aparecem nas notícias do mundo e de outros nunca mais se sabe.
É (às vezes) desses que arriscam que me lembro quando tento ver para além da névoa, que fecha o horizonte em Dakar.







Uma névoa que, por vezes, se estende pela cidade, que leva o azul do céu, que o torna quase branco. A mesma que lhe devolve o sol e o luar.






A névoa que cobre as costas a Monsieur Senghor. O primeiro presidente, o poeta que, de costas para o mar, fita o olhar na cidade.
A névoa que realça arte que se estende pelos passeios, que se junta ao vento e empurra os desportistas do início ou de fim de dia.







































Ei-los que arriscam de frente para o mar, de costas para terra. Ei-los que sabem o que está para além da névoa.

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